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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A alma gémea

A alma Gémea


Nenhum sonho custa tanto a abandonar como o sonho de ter uma alma gémea, nem que seja noutro canto do mundo, uma alma tão perto da nossa como a vida. O que é a alma? É o que resta depois de tudo o que fizemos e dissemos. Podemos traí-la e contrariá-la, mesmo sem saber, porque nunca podemos conhecê-la. Só através duma alma gémea. Fácil dizer. Agora como é que consigo falar? As almas gémeas quase nunca se encontram, mas, quando se encontram, abraçam-se. Naqueles momentos em que alguém diz uma coisa, que nunca ouvimos, mas que reconhecemos não sei de onde. E em que mergulhamos sem querer, como se estivéssemos a visitar uma verdade que desconfiávamos existir, de onde desconfiamos ter vindo, mas aonde nunca tínhamos conseguido voltar. 
O coração sente-se. A alma pressente-se. O coração anda aos saltos dentro do peito, a soluçar como um doido, tão óbvio que chega a chatear. Mas a alma é uma rocha branca onde estão riscados os sinais indecifráveis da nossa existência. Não muda, não se mostra, não se dá a conhecer. O coração ama. Mas é na alma que o amor mora. Todos os amores. Toda a vida. A alma deixa o coração à solta, como tonto que ele é, e despreocupa-se e desprende-se do corpo, porque tem mais que fazer. E o que faz a alma? Mandar escondidamente na parte da nossa vida que não tem expressão material ou física. Está mal dito, mas está certo, porque estas coisas não se podem sequer dizer. 
O quem e o quê não lhe interessam. A alma não deseja, não tem saudades, não sofre nem se ri; a alma decide o que o coração e a razão podem decidir. A alma não é uma essência ou um espírito; é a fonte, o repositório, a configuração interior. Expressões horríveis, onde as palavras escorregam para se encontrarem. Só resta repetir. A alma é de tal maneira que é aquilo, exactamente, de que não se pode falar. A não ser que se encontre uma alma gémea. Gémea não é igual. É parecida. Não é um espelho. É uma janela. Não é um reflexo. É uma refracção. 
(...) O desejo de encontrar uma alma gémea não é o desejo de reafirmarmos a unicidade da nossa existência através de outro que é igual a nós. É precisamente o contrário. É poder descansar dessa demanda. No fundo, todos nós duvidamos que tenhamos uma alma. Senão não falávamos tanto dela. Os melhores ainda são aqueles que a deixam a Deus. Uma alma gémea é a prova que não estamos sozinhos. Ou seja: é a prova de que a alma existe. Não faz nem diz o mesmo que fazemos e dizemos — mas tem uma forma de fazer e dizer tão parecida com a nossa, que deixa de interessar o que é dito e feito. Uma alma gémea faz curto-circuito com os fusíveis corpo/coração/razão. Não é o «quê» — é o «porquê». O estado normal de duas almas gémeas é o silêncio. Não é o «não ser preciso falar» - é outra forma de falar, que consiste numa alma descansar na outra. Não é a paz dos amantes nem a cumplicidade muda dos amigos. Não precisa de amor nem de amizade para se entender. As almas acharam-se. Não têm passado. Não se esforçaram. Estão. É essa a maior paz do mundo. Como é que um ninho pode ser ninho doutro ninho? Duas almas gémeas podem ser. 
Como é que se reconhece a alma gémea? No abraço. O coração pára de bater. A existência é interrompida. No abraço do irmão, do amigo, da amante, há sensação, do corpo, do tempo, do coração. Há sempre a noção dum gesto posterior. No abraço de duas almas gémeas, mesmo quando se amam, o abraço parece o fim. Uma pessoa sente-se, ao mesmo tempo, protegida e protectora. E a paz é inteira - nenhum outro gesto, nenhuma outra palavra, é precisa para a completar. Pode passar a vida toda. Não importa. 
Quando duas almas gémeas se abraçam, sente-se o alívio imenso de não ter de viver. Não há necessidade, nem desejo, nem pensamento. A sensação é de sermos uma alma no ar que reencontrou a sua casa, que voltou finalmente ao seu lugar, como se o outro corpo fosse o nosso que perdêramos desde a nascença. 
Miguel Esteves Cardoso, in 'Explicações de Português'Tema(s): Alma


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

(7) CIBER JOB

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Aumente as suas experiências positivas

Aumente as suas experiências positivas 
Felizmente que a vida está cheia de experiências positivas mas, devido ao stress do dia-a-dia, esquecemo-nos de valorizá-las e, pior que isso, colocamo-las em último lugar da nossa lista de prioridades. Agora imagina como mudarias a tua vida, se intencionalmente procurasses mais experiências positivas. Mesmo nos tempos difíceis que vivemos, não adies a tua felicidade, pois a vida passa a correr. Eis algumas estratégias que ajudarão a aumentar as tuas experiências positivas:Deves incluir algumas, aos poucos, na tua rotina diária até se tornarem um hábito
Viva a vida em todo o seu potencial, seja a versão mais positiva de você mesmo. Está disposto a tentar? 
1 – Espero o melhor: acorde todos os dias com a ideia de que algo de maravilhoso pode acontecer.  Esperar o melhor dá exactamente o mesmo trabalho do que esperar o pior, mas com consequências muito mais benéficas para si. Se começar o dia com esta expectativa, tem mais probabilidade de estar aberto às experiências positivas da vida.
2 – Finja que é uma pessoa feliz. Imite as posturas físicas (sorriso no rosto, postura confiante, voz animada...) e os comportamentos das pessoas felizes. Mesmo que tenha de fingir um pouquinho, o seu corpo irá emitir sinais ao cérebro de que está a experimentar dada emoção e isso faz com que seja mais provável de experimentá-la na vida real. 
3 - Pense positivo As pessoas que pensam positivo tendem a ter mais capacidade para apreciar as experiências positivas e têm mais esperança no futuro.
Para pensar positivo, experimente fazer o seguinte: a) concentre a sua energia naquilo que consegue controlar; b) pense que as coisas más não duram para sempre; c) não permita que a adversidade numa área da sua vida influa as outras; d) experimente analisar os acontecimentos, substituindo pensamentos negativos, por outros equivalentes mas positivos. Por exemplo, em vez de pensar “Tanta dieta para só perder 2 kg”, substitua por “Ao menos já perdi 2kg, se for persistente conseguirei perder pelo menos outros

4 - Leia notícias positivas  É importante manter-se informado sobre o que passa no mundo. Contudo, o excesso de más notícias pode influenciá-lo negativamente. Estará tão revoltado, pessimista e desiludido com o mundo, que a sua capacidade de atenção para o que acontece de bom, é reduzida.
Por isso, informe-se também sobre o que acontece de positivo no mundo. Estas notícias poderão levantar-lhe o ânimo, levá-lo a acreditar que o sucesso é possível e inclusive ensiná-lo, com o exemplo de outras pessoas, como superar dificuldades.
5 - Saboreie as alegrias da vida Existem momentos perfeitos nas nossas vidas. Concentre a sua atenção nos mesmos, observe-os, valorize-os. Aprecie o nascer do sol, comova-se com o sorriso do seu filho, saboreie aquela refeição de que tanto gosta, relaxe com um bom livro... Todas estas pequenas coisas podem transformar-se em experiências positivas, se o souber apreciar. 


(Tema para continuar no próximo dia)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

É melhor ter razão ou ser feliz?

 Começo com uma referencia do poeta Ferreira Gullar, com os seguintes dizeres: “Eu prefiro ser feliz a ter razão”.
 Normalmente todos queremo-nos  sentir felizes. No entanto, querer ter razão toma conta dos relacionamentos amorosos, parentais, sociais, empresariais, profissionais causando muito mal-estar, muitas confusões e desentendimentos, brigas, ressentimentos culminando muitas vezes em rupturas irreversíveis entre casais, amigos, familiares….
O querer ter sempre razão não é mais do que o individualismo a falar, o egoísmo esse que não passa de uma estrutura emocional infantil mas que domina a personalidade dos adultos.

Individualismo, não se deve confundir com individuação , mas na busca da individuação muitos acabamos nos atolando no individualismo.

No processo de individuação, descobrimos quem somo, do que gostamos, do que não gostamos, reconhecemos potenciais ferramentas, mas também ganhamos sabedoria, humildade, e com elas percebemos que somos parte de um todo muito maior que o nosso umbigo e mente.
 Descobrimos que coexistimos, querendo ou não, com múltiplas formas de vida, com consciências, as mais diversas, numa relação interdependente, o que nos leva ao altruísmo, à generosidade, à solidariedade, à compreensão.
Tudo porque, na coexistência, uma vida só existe porque está em relação com outras vidas. Assim, compartilhamos o sol, oxigênio, água, terra, e tudo o mais que o planeta nos oferece. Com isso, sem querer ou com consciência e escolha ativa, geramos vida e usufruímos da vida.

O nosso planeta Terra por estar inserido numa rede universal de vida  e também necessita de todo o restante do Universo.

No individualismo achamos que somos o centro do Universo e que todo o resto deve orbitar ao nosso redor.
Assim, quando agimos de forma individualista, de forma egoísta, procuramos sempre impor a nossa opinião e vontade, o que resulta, numa vida de melindres, sempre que nos confrontamos com qualquer opinião divergente ou com qualquer tipo de atitude que não seja de acordo com a nossa vontade. Se o outro não é obedece ao nosso "desígnio supremo" ele não é digno da nossa companhia ou ele é tratado como um alguém inferior ou como não confiável, ou aquele a quem podemos maltratar dizendo palavras rudes e agressivas. Noutras ocasiões, dividimos os grupos em "panelas" as dos que pensam como nós, e a dos "outros", os que não pensam como nós.
 E são assim que as guerras são travadas.

Muitas vezes, nas relações pessoais, agravamos a situação por actuarmos com prepotência e arrogância, sofrendo, assim, uma inibição aguda da nossa lucidez e da nossa inteligência que, uma vez comprometidas pelo nosso alto engrandecimento inadequado, faz com que distorçamos os factos, passando a responsabilizar os outros pelo nosso mal-estar ou pelo acontecido. Quando, na realidade é que ambos colaboramos para a dificuldade de entendimento no relacionamento, por agirmos exatamente da mesma maneira, cada um entrincheirado nas suas verdades, desconectados do outro, tudo porque temos a mania de querer ter sempre razão. Assim, é criada uma confusão de difícil solução.

O egoísmo é um grande desconectador de corações, enrijecendo a sensibilidade e impedindo a nossa percepção clara da vida.
O egoísmo e a prepotência fazem-nos achar que temos direitos que afinal nem sempre existem. Fazem-nos sentir injustiçados, enraivecidos, indignados, irritados, o que não ajuda em nada a ampliar a nossa sabedoria sobre as situações, para podermos vê-las com isenção de ânimo, com clareza e discernimento, sempre que encontramos caminhos para a conciliação ou a resolução dos conflitos.
Os "donos da verdade" têm dificuldade em ver, perceber e compreender diferentes pontos de vista. Eles acham que vêem e percebem mais que todos, quando muitas vezes estão cegos para a realidade à sua volta.

Podem até ser rápidos na argumentação, ser ágeis espadachins das palavras, mas isso não é sinônimo de sabedoria ou de inteligência, como muitos acham.
Neste caso, o que fazer? Será que abrir mão de sua opinião pode ser, então, um caminho para a conciliação e para a felicidade?
Depende, caso seja apenas mais uma forma de reatividade, porém, contrária, ou seja ao invés de me impor, omito-me; com certeza, não sentirei bem-estar, poderei sentir angústia, tristeza, ou sentir-me sufocado, porque a causa de tudo, o egoísmo e a vaidade, estão lá, agindo, ainda que nos subterrâneos da percepção consciente.

Agora se esta decisão vem de um coração mais amoroso, que está ocupado também em criar bem-estar e felicidade para os outros, tudo muda. As decisões, filhas do amor, podem gerar imenso conforto, ainda que requeiram de nós algum sacrifício momentâneo. Porque a felicidade está atrelada à capacidade de amar. E amar aos outros, aquecer o coração, desenvolver ternura, doçura, amabilidade, tolerância, traz imenso bem-estar íntimo, além de criar novas estruturas emocionais e psicológicas modificando o modo de perceber e interagir com a vida.
O amor pelos outros e pela vida tem o poder de dissolver o egoísmo e suas crias, como o individualismo e a vaidade exagerada.
Nesse momento, surge a capacidade de se usar a mente alicerçada numa inteligência amorosa, característica dos que superaram a infância emocional.

Até que o egoísmo seja esmaecido, o cultivo de um pouco de silêncio, de tolerância e de muita ponderação é providencial.

Aprender a ouvir, a sentir empatia pelo outro, estar receptivo e respeitar outras opiniões, saindo de seu mundo íntimo, observando-se parte de um todo maior, sentindo a si e aos outros como forças de igual importância para o todo da vida é outro passo nessa nova caminhada.
Passar suas opiniões pelo crivo da afetividade, da ética, da justiça, da responsabilidade, da verdade, da compaixão, do não julgamento e do não preconceito, antes de manifestá-las, é igualmente importante.
Também aqui a meditação regular é indicada.

Queremos ser felizes?
Comecemos a amar quem anda por perto de nós, amando de verdade, sentindo aquele amor que aquece o peito, que gere bem-estar, que cria situações onde o outro se sinta sempre incluído e valorizado.
Não valorizemos os pensamentos só sobre si mesmo, sobre como nos sentimos, sobre a nossa vida, se está bem ou não, se está feliz ou não.
Abramo-nos de verdade para podermos conhecer os outros para além dos rótulos e das opiniões pré-concebidas.
Entreguemo-nos ao amor.
Um novo universo de bem-estar irá abrir-se para nós. 

Individuação----O conceito de individuação foi criado pelo psicólogo Carl Gustav Jung e é um dos conceitos centrais da sua psicologia analítica.
A individuação, conforme descrita por Jung, é um processo através do qual o ser humano evolui de um estado infantil de identificação para um estado de maior diferenciação, o que implica uma ampliação da consciência. Através desse processo, o indivíduo identifica-se menos com as condutas e valores encorajados pelo meio no qual se encontra e mais com as orientações emanadas do Si-mesmo, a totalidade (entenda-se totalidade como o conjunto das instâncias psíquicas sugeridas por Carl Jung, tais como persona, sombra, self, etc.) de sua personalidade individual. Jung entende que o atingimento da consciência dessa totalidade é a meta de desenvolvimento da psique, e que eventuais resistências em permitir o desenrolar natural do processo de individuação é uma das causas do sofrimento e da doença psíquica, uma vez que o inconsciente tenta compensar a unilateralidade do indivíduo através do princípio da enantiodromia.

Wikipédia, a enciclopédia livre

Ter razão ou ser feliz

Ter razão ou ser feliz

Empower Network - O que podem esperar, estando na EMPOWER NETWORK?

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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Imaturidade

Hoje senti necessidade de  dizer algo sobre a imaturidade emocional. Isto porque é impressionante o número de mulheres que se queixam do quanto os homens se mostram imaturos quando se trata do amor.
Entregar o coração sem qualquer tipo de reserva parece ser, para um grande número deles, uma ameaça assustadora. Por isso, fogem ao primeiro sinal de que isto possa acontecer.
A vulnerabilidade que o amor provoca faz com que seja no campo dos relacionamentos que o ser humano se mostre mais temeroso do sofrimento.
E uma das estratégias de defesa mais comuns para fugir disso é envolver-se de modo superficial, tendo como base apenas o sexo, sem que nenhum tipo de aprofundamento dos sentimentos aconteça.
O Don Juan, aquele que coleciona relações e seduz um grande número de mulheres, é o exemplo mais característico da imaturidade emocional masculina. Mas ela não é exclusiva dos homens.
Muitas mulheres incorporam este comportamento, utilizando o sexo como fuga para suprir suas inseguranças e uma profunda carência afetiva.
Entregar-se ao amor exige uma grande coragem, já que há realmente o risco de que a decepção, a rejeição ou a perda aconteçam. Mas, neste processo de fuga, perde-se a oportunidade valiosa de vivenciar a mais sublime das experiências que o ser humano tem a chance de experimentar.
"O amor é possível. Se a sociedade for mais saudável e menos pervertida, o amor é possível. Numa sociedade saudável, o amor poderia ser natural.Numa sociedade pervertida - a sociedade na qual nós vivemos e todo mundo vive - o amor tem se tornado impossível, somente o sexo tem permanecido possível. Mas a compaixão tornar-se-á possível, somente se fizermos todos os esforços para nos tornarmos meditativos, de outro modo não".
Osho - A disciplina da transcendência.Marta   skype-ceumarta1

Um pai diferente, a história mais emocionante do mundo

O vídeo mais emocionante que já vi. Tente não chorar!

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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Porque sofremos tanto!

Porque sofremos tanto!


Na verdade sofremos pelas mais variadas razões. No entanto, quase todos queremos livrar-nos desse sofrer sem o mínimo de esforço. Nada na vida se consegue sem o mínimo esforço e neste caso, é necessário que sejamos capazes de perceber porque estamos a sofrer, pelo quê ou por quem.
Convém escrever tudo o que ao longo da vida nos causou sofrimento e reflectir sobre os prováveis motivos. Escrever ajuda!
Feito um estudo, a propósito, percebemos que alguns desses motivos são muito comuns tais como os que vou enumerar:
Não ter consciência do próprio valor, melhor dito, não ter auto-estima.
  Quem não tem consciência do seu próprio valor, enquanto pessoa, sentirá dificuldades em todas as áreas da sua vida, podendo levar-se a acreditar que não consegue nada na vida, sentindo-se inútil, frustrada, mal-amada…
 Comecemos então a pensar sobre o que terá gerado sentirmo-nos assim. O que podemos ter feito ou colaborado para não percebermos o nosso valor?
Será que conhecemos alguém que perdeu o emprego e ficou em depressão ou tentou se suicidar? Isso, realmente, pode acontecer quando a pessoa só reconhece o seu valor perante o cargo que ocupa, o poder que exerce…e, se perde isso, sente como se todo o seu valor fosse perdido.
Urge ter consciência do próprio valor independentemente daquilo que se tem ou do que se faz, perceber o seu valor enquanto ser humano, independentemente de cargos, contas bancárias, poder ou estatuto social.
Todos nós sabemos que a nossa sociedade valoriza muito as pessoas por aquilo que possuem em bens materiais e não pelos seus valores enquanto pessoa. Está na hora de aprendermos a olhar bem para dentro de nós mesmos e reconhecermos os nossos reais valores. Uma vez reconhecidos aprendamos a dar valor a tua o que de bom existe em nós, como solidariedade, amizade, cumplicidade, amor...
Quais são os principais sintomas de baixa-autoestima? Leia e veja se os reconhece em si:
- Uma necessidade de aprovação e de reconhecimento por parte dos outros. Necessidade de sentir o agrado por tudo o que faz!
- Dependência financeira e emocional.
- Não acredita em si mesmo sentindo-se por isso muito inseguro(a) e  timido(a).
- Não se permite errar, o que dizemos, altamente perfeccionista.
- Sentimento de não ser capaz de realizar nada, com sucesso.
- Não acredita em nada, em ninguém, porque na verdade, não acredita em si mesmo. O passo para resolver este sintoma é mesmo ser capaz de acreditar em si mesmo.
- Dúvidas constantes, de tudo, de todos, duvida do seu próprio valor
 •               Depressão, caracteriza-se pela perda de prazer nas atividades diárias (anedonia), apatia, alterações cognitivas(diminuição da capacidade de raciocinar adequadamente, de se concentrar ou/e de tomar decisões), psicomotoras (lentidão, fadiga e sensação de fraqueza), alterações do sono (mais frequentemente insônia, podendo ocorrer também hipersonolência), alterações doapetite (mais comumente perda do apetite, podendo ocorrer também aumento do apetite), redução do interesse sexual, retraimento social, ideação suicida e prejuízo funcional significativo (como faltar muito ao trabalho ou piorar o desempenho escolar)
•             Ansiedade  é uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, medo intenso, aperto no tórax, transpiração, e outras alterações associadas à disfunção do sistema nervoso autónomo.
•             Inveja é um sentimento de tristeza perante o que o outro tem e a própria pessoa não tem. Este sentimento gera o desejo de ter exatamente o que a outra pessoa tem (pode ser tanto coisas materias como qualidades inerentes ao ser).
•             A inveja pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual.
•             Medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente
•             Raiva  é um sentimento de protesto, insegurança, timidez ou frustração, contra alguém ou alguma coisa, que se exterioriza quando o ego se sente ferido ou ameaçado. A intensidade da raiva, ou a sua ausência, difere entre as pessoas. Joanna de Ângelis aponta o desenvolvimento moral e psicológico do indivíduo como determinante na maneira como a raiva é exteriorizada.
•             Agressividade designa uma tendência especificamente humana marcada pelo carácter ou vontade de cometer um acto violento sobre outrem. Pode também ser definida como uma tendência ou conjunto de tendências que se actualizam em condutas reais ou fantasmáticas, as quais visam a causar dano a outrem, destruí-lo, coagi-lo, humilhá-lo,
•             Vergonha  é uma condição psicológica e uma forma de controle religioso, político, judicial e social, consistindo de ideias, estados emocionais, estados fisiológicos e um conjunto de comportamentos, induzidos pelo conhecimento ou consciência de desonra, desgraça ou condenação. O terapeuta John Bradshaw conceitua a vergonha como a "emoção que nos deixa saber que somos finitos".
•             - Dificuldade em crescer profissionalmente, porque não acredita em si, porque duvida dos outros, porque tem medo de arriscar ou até porque o seu orgulho não deixa pedir ajuda.
•             Sentimento de inferioridade  é um sentimento de que se é inferior a outrem, de alguma forma. Tal sentimento pode emergir de uma inferioridade imaginada por parte da pessoa afligida. É freqüentemente inconsciente, e pensa-se que leva os indivíduos atingidos à supercompensação, o que resulta em realizações espetaculares, comportamento anti-social, ou ambos. Diferentemente de um sentimento normal de inferioridade, que pode atuar como um incentivo para o progresso pessoal, um complexo de inferioridade é um estágio avançado de desalento, freqüentemente resultando numa fuga das dificuldades.
Como podemos perceber, muitos fatores considerados como causas dos nossos sofrimentos nada mais são do que sintomas da falta de consciência do valor que se tem.
 Como livrar-se desses sintomas?
Não, não há  uma receita pronta, há sim muito trabalho a fazer em nós, começando por querer conhecer-se e estar presente nos seus pensamentos, cada vez mais.

O autoconhecimento é o melhor caminho para elevar a auto-estima, já que, à medida que nos conhecemos, começamos a agir de modo coerente entre o sentir, o pensar e o agir. Começamos também a s respeitarmo-nos muito mais, não permitindo que não nos respeitem na mesma proporção. Com isso, começamos a admirar-nos e a amar-nos (amor-próprio). Posto isto, aquilo que não gostamos em nós, aos poucos podemos mudar.

 Nada é mais libertador do que ter consciência da pessoa maravilhosa que somos!
Percebamos então que o nosso valor enquanto pessoa não pode e nem deve ser baseado na maneira como foi, ou ainda é tratado, ainda que isso tenha durado toda a vida.
Não permitamos mais ser desrespeitados ou maltratados. Todos temos potencialidades e capacidades de nos desenvolver e de mudar aquilo que nos faz sofrer.
 O que não gostamos e o que não gostam em nós, em geral, não fazem parte de nossa essência, o verdadeiro eu, mas sim das máscaras que um dia nós criamos para nos defendermos. Esta é a verdadeira causa dos nossos conflitos.
 Não, é nada fácil identificar quais são as nossas máscaras, mas isso, com persistência, vontade pode ser obtido. Poderemos acelerar o processo através da psicoterapia que proporciona o autoconhecimento.
São as máscaras criadas, enquanto ainda crianças que, estando no inconsciente automático, desenvolve-se como uma defesa contra um mundo hostil. É essa ideia arquivada, se assim se pode dizer, que verdadeiramente, quando adultos, torna tudo muito difícil, criando conflitos nas relações e causando muito sofrimento. Por isso o autoconhecimento é necessário, é imprescindível, na busca pela nossa essência, nosso verdadeiro eu, livre das máscaras que criamos.
 O orgulho, agressividade, arrogância, não fazem parte da essência do ser humano, são máscaras criadas como defesas e que depois podem se tornar fonte de muitos conflitos. Quanto mais nos tornamos conscientes das máscaras que utilizamos,mais controle obteremos sobre elas. 
·         Os temas assinalados com  (ponto) serão desenvolvidos nos posts seguintes.