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quinta-feira, 17 de abril de 2014




Quem dera que eu aprendesse a viver cada dia como se fosse o último.
 O último para dizer “obrigada”. O último para dizer “ desculpa”.
 O último para dizer “eu amo-te”.
O último para abraçar cada pessoa amada com aquele abraço bom que faz um coração cantar para o outro.
O último para apreciar a vida com o entusiasmo que não guarda nenhuma delícia nem ternura para depois.
 O último para fazer as pazes. Para desfazer enganos. Para saborear com calma, como se me servissem um banquete, a preciosidade genuína que cada único respiro humano representa.
Quem dera que eu aprendesse a viver cada dia como se fosse o último.
 O último para esquecer tolices.
O último para ignorar o que, no fim das contas, não tem a menor importância.
O último para rir até o coração dançar.
O último para chorar toda dor que não transbordou e virou nódoa no tecido da vida.
O último para aprontar todas as artes que a emoção quiser.
 O último para ser útil em todas as circunstâncias que me for possível.
 O último para não deixar o tempo escoar inutilmente entre os dedos das horas.
Quem dera que eu aprendesse a viver cada dia como se fosse o último.
O último para me maravilhar diante de cada expressão da natureza com o olhar demorado de quem olha pela primeira vez.
 O último para ouvir aquela música que acende sóis por toda a extensão da minha alma.
O último para ler, de novo, o poema que diz tanto de mim que eu me sinto caber nos olhos do poeta que o escreveu.
 O último para desembaraçar os fios emaranhados dos medos que me acompanham.
Quem dera que eu aprendesse a viver cada dia como se fosse o último.
Eu não perderia uma oportunidade para me presentear com os agrados que me nutrem.
Eu criaria mais oportunidades para dizer o meu amor. Para expressar a minha admiração. Para destacar para cada pessoa a beleza singular que ela tem. Para compartilhar.

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